Foi hoje apresentado o Plano de Vacinação Contra a COVID-19, onde estão já definidas as fases e os grupos prioritários a receber a vacina.
Entre Janeiro e Abril, no pior cenário se a vacina não chegar a tempo, vão ser vacinadas cerca de 950 mil pessoas com 50 ou mais anos e com doenças graves, como insuficiência cardíaca e respiratória, e também os profissionais de saúde e os de serviços críticos. Nesteneste grupo prioritário estão os residentes de lares e em cuidados continuados, os quais vão ser vacinados nas instituições.
Na segunda fase, a vacina destina-se às pessoas com mais de 65 anos, sem qualquer doença e pessoas dos 50 aos 74 anos com doenças como a diabetes, hipertensão e obesidade. Estima-se que serão vacinadas 1.8 milhões de pessoas. Só na terceira fase é que a vacina será para o resto da população.
Recorde-se que a vacinação contra a covid-19 vai ser gratuita e é facultativa. Esta irá decorrer nos centros de saúde. O governo prevê que, no total, a aquisição destas vacinas irá custar cerca de 200 milhões de euros, podendo ser necessárias mais de 22 milhões de doses. Esta estratégia é coordenada pela União Europeia. A primeira vacina a chegar a Portugal será a da Pfizer, no início de Janeiro, e deverá servir 300 mil pessoas.
A campanha de vacinação para a gripe e a COVID-19 começa no próximo dia 29 de Setembro, sexta-feira, mas uma coisa é certa: as vacinas da gripe não vão chegar para todos aqueles que já as reservaram. A notícia foi hoje avançada pelo Jornal de Notícias onde se pode ser ler que as farmácias já começaram a reagendar com alguns utentes a toma das vacinas.
Até 10 de Outubro está prevista a chegada de apenas 175 mil doses da vacina da gripe, prevendo-se que a campanha de vacinação comece de forma mais lenta do que era previsto. No que diz respeito às vacinas contra a COVID-19, não existem os mesmos constrangimentos ao seu acesso porque estas já existem no país. Segundo a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, a limitação da vacina da gripe acontece devido a "um problema de abastecimento global". Mesmo assim, esta entidade não espera "desvios significativos" nas entregas.
Segundo a presidente da Associação Nacional de Farmácias, Ema Paulino, em declarações à RTP, a partir do dia 16 de Outubro "já se perspetiva uma normalização no acesso às vacinas contra a gripe."