O Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibilizou gratuitamente o livro “O saber não deve pesar”. Esta é uma iniciativa que pretende alertar a comunidade escolar para os problemas que advêm do peso excessivo das mochilas, que não deve ultrapassar 10% do peso das crianças.

O peso dos livros e materiais obrigatórios para um vasto número de disciplinas são as causas principais, pelo que professores, pais e alunos procuram soluções adequadas, que não comprometam o crescimento nem a integridade dos estudantes, sobretudo a nível da educação primária.

Parte das soluções sugeridas em “O saber não deve pesar” passam pela utilização de dispositivos eletrónicos, como computadores ou tablets, onde os livros podem ser disponibilizados em formato digital. Esta medida visa não só reduzir o peso das mochilas, como também diminuir o custo de produção dos próprios livros. No entanto, o custo-benefício, assim como o facto de a maioria dos manuais apenas existir em formato tradicional, ainda tornam esta prática inviável.

O regresso das mochilas de rodinhas, a correta utilização das mochilas à altura do dorso, a distribuição de peso, a utilização de ambas as alças e a utilização dos dossiês em vez de cadernos específicos para cada disciplina, são algumas das medidas sugeridas na própria obra, que pretendem atenuar consequências graves como dores musculares ou nas articulações, alterações de postura e  lesões degenerativas da coluna.

Para efeitos de estatística, foram inquiridos 145 alunos do 4º ano do Agrupamento de Escolas António Gedeão, em Almada. Deste estudo, constatou-se que 58,6% dos estudantes transportam mochilas com um peso superior ao recomendado pela OMS (até 10% do peso corporal).

Dada a sobrecarga a que as crianças estão sujeitas atualmente, o próprio livro dispõe, na sua parte final, de um link que convida todos os leitores a participar ativamente na resolução desta problemática.

Pode acessar gratuitamente “O saber não deve pesar” em: https://biblioteca.min-saude.pt/livro/osabernaodevepesar#page/1.