Foi ontem apresentada pelo governo, a aplicação StayAway Covid, que pretende ser um instrumento para identificar se estivemos perto de pessoas infectadas com a COVID-19. O objectivo é que esta seja mais uma forma de conter a propagação do novo coronavírus. A
app funciona da seguinte forma: uma pessoa que tenha sido infectada com o novo coronavírus insere na aplicação o código do teste positivo (apenas cedido pelo médico). A DGS valida e depois os outros utilizadores da aplicação serão alertados se estiveram próximos, durante 15 minutos, ou mais de alguém que tem COVID-19.
O governo garante que a identidade e os contactos da pessoa infetada e dos utilizadores da
app estão salvaguardados. Se houver uma confirmação de proximidade com algum caso de COVID-19, a cor da página principal da aplicação muda para vermelho. Caso contrário, esta apresenta uma cor verde. A aplicação apenas cumpre o seu propósito se tiver o
bluetooth ligado, uma vez que esta não utiliza o GPS. Na apresentação deste novo instrumento, António Costa referiu que a utilização da
app é “um dever cívico”.
A utilização da aplicação é completamente livre, ou seja, cada um pode ou não fazê-lo. A StayAway COVID está disponível para ser descarregada no Google Play e na App Store. Esta
app foi desenvolvida pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência.
DECO Apresenta Reservas face à StayAway Covid
Apesar de o Primeiro-Ministro garantir ontem que “não devem ter receio da aplicação”, a DECO – Defesa do Consumidor – apresenta reservas face ao modo como a Google e a Apple podem utilizar a informação disponibilizada pelos seus utilizadores.
Numa nota publicada no portal, a DECO afirma que no que diz respeito à recolha de dados de saúde pelas autoridades nacionais não existem problemas detetados. No entanto, o caso já é diferente quando se fala da Google e da Apple: a “StayAway Covid não cumpre integralmente o princípio da abertura de código e transparência, pelo que existe a possibilidade de uso não-declarado e indevido dos dados pessoais por parte da Google e da Apple.”