Hoje, o Ministro da Educação anunciou ao país as medidas aprovadas no Conselho de Ministros, para o próximo ano letivo. Uma delas é o encurtamento das férias da Páscoa e o prolongamento de aulas, para quem não tem exames, até ao final do mês de Junho. A ideia é que haja mais tempo para colmatar as aprendizagens em falta do ano letivo, que agora findou. Confirma-se que o novo ano escolar começa entre os dias 14 e 17 de Setembro e que as aulas presenciais sejam mesmo para voltar.
Quanto às medidas excecionais apresentadas pelo Ministério, estas estão relacionadas com a melhor distribuição horária, permitindo que as turmas sejam organizadas por turnos, para que não haja concentração de alunos, mas também a possibilidade de as escolas estenderem “ligeiramente os seus horários de funcionamento”.
O Ministério da Educação está, também, a ponderar um sistema misto, ou seja, onde haja mais trabalho autónomo e onde as aulas presenciais sejam alternadas com sessões síncronas à distância. No entanto, existirão sempre alguns grupos para os quais o regime presencial vai ser prioridade, como os alunos do pré-escolar, "os beneficiários da acção social escolar identificados pelas escolas; crianças e jovens em risco ou perigo sinalizados pelas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens; alunos para os quais a escola considere ineficaz a aplicação dos regimes misto e não presencia?l”, entre outros.
As escolas terão autonomia para definir quais os melhores procedimentos a adoptar em ambos os casos. No entanto, a escolha destes regimes acontecerá, tendo em conta a evolução da pandemia. Os recursos humanos das escolas vão ser reforçados. O governo tinha já anunciado 125 milhões de euros para reforçar o número de professores, psicólogos e auxiliares nos estabelecimentos de ensino.
Existe, também, a ideia de criar uma espécie de mentoria, onde na escola alunos acompanhem os seus pares no desenvolvimento de aprendizagens.